quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Edmund Wilson - Rumo à estação Finlândia

Primeiro livro publicado pela Companhia das Letras, 'Rumo à estação Finlândia' foi sucesso imediato no Brasil. Hoje, passados mais de vinte anos, continua sendo uma obra de referência, talvez a mais importante do escritor americano Edmund Wilson. Estudo crítico e histórico das teorias revolucionárias européias que estabeleceram as bases do socialismo bolchevique, este é um livro impossível de ser enquadrado em uma só categoria, capaz de agradar tanto a um especialista quanto a um não-iniciado. Desde a Revolução Francesa até a Russa, em 1917, Wilson percorre as batalhas intelectuais de um grupo de homens - conspiradores e filósofos, utopistas e niilistas, socialistas e anarquistas -, batalhas que ajudaram a moldar a história do século XX.

O autor nasceu em Red Bank, Nova Jersey, em 1895, e morreu em 1972. Figura decisiva na vida intelectual norte-americana, esteve entre os primeiros a saudar autores como Joyce, Fitzgerald e Hemingway. Crítico ativo até o fim da vida, assinou também várias obras de história das idéias.


WILSON, Edmund. Rumo à estação Finlândia: escritores e atores da história. São Paulo: Cia das Letras, (1986) 1993.

Totalidade
Vico, com a força do seu gênio imaginativo, de extraordinário poder e alcance, lhe permitira apreender pela primeira vez o caráter orgânico da sociedade humana e a importância de reintegrar, através da história, as diversas forças e fatores que compõem a vida humana. Em agosto [de 1820], por ocasião da entrega dos prêmios da escola, Michelet afirma: “Ai daquele que tenta isolar um ramo do saber de outro. (...) Toda ciência é uma: linguagem, literatura e história, física, matemática e filosofia; assuntos que parecem os mais distantes um do outro são na realidade interligados; ou melhor, todos formam um único sistema” (p. 11/12).

História das mentalidades
Porém não se pode entrar na história da humanidade uma vez que ele tenha ocorrido; um homem do século XIX, na verdade, não pode resgatar a mentalidade do século XVI. Não se pode reproduzir a totalidade da história e ao mesmo tempo ater-se às formas e proporções da arte. Não se pode ter interesse no passado e não se interessar pelos acontecimentos presentes sem ter vontade de fazer alguma coisa no sentido de influenciá-los (p. 31).

  • Sistemas imaginários os mais contrários possíveis ao que existia na realidade e tentar construir modelos de tais sistemas, na esperança de que o exemplo fosse imitado. Era isso que a palavra socialismo designava quando começou a circular na França e na Inglaterra por volta de 1835 (p. 100).

Feuerbach
A Idéia Absoluta de Hegel – afirma Feuerbach -, que supostamente se encarnara na matéria com o fim de realizar a razão, não passava de um pressuposto gratuito que Hegel não conseguiu provar. Na verdade, a Idéia Absoluta era apenas um substituto do Verbo feito Carne, e Hegel não era mais do que o último dos grandes apologistas do cristianismo. Esqueçamos a Idéia Absoluta; comecemos a investigar o homem e o mundo tal como os encontramos. Quando o fazemos, torna-se óbvio que as lendas e rituais das religiões são meras manifestações de mentes humanas. Feuerbach conseguira retirar a religião da esfera da imaginação comum em que a colocara Strauss, desvincular o instinto ético da autoconsciência pura em que ele caíra quando Bruno Bauer rejeitou a autoridade das Escrituras, e vincular a religião e a moralidade inexoravelmente aos costumes dos homens. Porém ele ainda acredita na necessidade permanente da religião. Tenta ele próprio criar um substituto para a religião, um culto do amor baseado na sexualidade e na amizade. E imagina uma humanidade abstrata dotada de uma razão comum.

Servidão medieval

Para Engels, parecia que o serviço medieval, que ao menos estava fixo à terra e ocupava uma posição definida na sociedade, estivera em melhor situação que o operário industrial (p. 133).

Aproveitamento de Hegel
O mais importante que Marx e Engels e todos os seus contemporâneos extraíram da filosofia de Hegel foi o conceito de transformação histórica. Ele revelara estar plenamente consciente de que as grandes figuras revolucionárias da história não eram apenas indivíduos extraordinários, que moviam montanhas simplesmente com a força de vontade, e sim agentes através dos quais as forças das sociedade em que eles se inseriam realizavam seus propósitos inconscientes (p. 139).

  • De Saint-Simon [Marx e Engels] aceitaram a descoberta de que a política moderna era simplesmente a ciência da regulamentação da produção; de Fourier, a condenação ao burguês, a consciência do contraste irônico entre o “frenesi especulativo, o espírito do comercialismo que nada poupa” que caracterizavam o reinado do burguês e “as promessas brilhantes do Iluminismo” que os precedeu; de Owen, a consciência de que o sistema fabril teria de ser a raiz da revolução social. Porém viram que o erro dos socialistas utópicos fora imaginar que o socialismo seria imposto à sociedade de cima para baixo, por desinteressados membros das classes superiores. Em meados do século XIX eles já enxergavam com clareza que era impossível para pequenas unidades comunistas por si só conseguirem salvar a sociedade porque esse movimento ignorava o mecanismo da luta de classes (p. 141).
  • Marx elogiara Proudhon por haver submetido “a propriedade privada, que é a base da economia política, (...) à primeira análise decisiva, implacável e ao mesmo tempo científica”. Agora Marx percebia que o axioma “a propriedade é um roubo”, ao referir-se a uma violação da propriedade ele próprio pressupunha a existência de propriedade legítimos (p. 152).
  • Essa arrogância e implacabilidade [de Marx e Engels] eram necessárias para derrubar as ilusões da época (p. 155)
  • Àqueles que falavam de Justiça, Marx e Engels replicavam: “Justiça para quem? No capitalismo, são os proletários que são presos com mais freqüência e os que recebem os castigos mais severos; ao mesmo tempo, como passam fome quando estão desempregados, são eles levados a cometer a maioria dos crimes”. Àqueles que falam de Liberdade, eles replicavam: “Liberdade para quem? Jamais será possível libertar o trabalhador sem restringir a liberdade do proprietário”. Àqueles que falavam em Vida Familiar e Amor – que supostamente estariam sendo destruídos pelo comunismo – eles respondiam que essas coisas, na sociedade da época, só existiam para a burguesia, já que a família proletária fora desmembrada com a utilização de mulheres e menores nas fábricas, levando jovens a fazer amor nos moinhos e minas ou vender seus corpos quando os moinhos e minas se fechavam. Àqueles que falavam do Bem e da Verdade, Marx e Engels retrucavam que jamais saberíamos o que essas palavras queriam dizer até que surgissem moralistas e filósofos que não estivessem mais comprometidos com uma sociedade baseada na exploração, e portanto não tivessem nenhum interesse pessoal na perpetuação da opressão (p. 155).
  • Marx demonstrou que todas as leis eram apenas reflexos de todas as relações sociais, e que, quando mudavam as relações sociais, as leis tornavam-se caducas (p. 166).
  • Para eles [Marx e Engels] adotaram esse princípio, e projetaram sua atuação no futuro, coisa que Hegel não havia feito. Para eles a tese era a sociedade burguesa, que constituíra uma unificação em relação ao regime feudal que se desintegrava; a antítese era o proletariado, que foi gerado pelo desenvolvimento da indústria moderna, mas que depois fora dissociado, através da especialização e do aviltamento, do corpo principal da sociedade moderna, e que um dia teria que se voltar contra ela; a síntese seria a sociedade comunista que resultaria do conflito entre a classe operária e as classes proprietárias e patronais e do controle da indústria pela classe operária, e que representaria uma unidade mais elevada na medida em que harmonizaria os interesses de toda a humanidade (p. 174).
Cabeça para baixo
Escreve Marx no Capital: “Para Hegel, o processo do pensamento que, com o nome de Idéia, ele chega a transformar-se em sujeito independente, é o demiurgo do mundo real, enquanto o mundo real é apenas a sua aparência externa. Para mim, pelo contrário, o ideal é apenas o material após ser transposto e traduzido dentro da cabeça do homem”. Marx e Engels haviam declarado que todas as idéias eram humanas, e que toda idéia estava interligada a alguma situação social específica, que, por sua vez, fora produzida pelas relações entre o homem e condições materiais específicas (p. 174). Marx afirma que a Idéia Hegeliana é um demiurgo; pois este demiurgo continuou a caminhar a seu lado mesmo quando ele imaginava já ter se desvencilhado dele. Marx acreditava ainda na tríade de Hegel: These, Antithese e Synthese; e essa tríade não passava da velha trindade da teologia cristã, a qual os cristãos haviam tomado emprestado de Platão. [...] As concepções dos materialistas dialéticas só se impõem até certo ponto. Sem dúvida, elas permitem que se formule em termos dramáticos a dinâmica de certas transformações sociais; porém é evidentemente impossível aplicá-las a outras. Marx julgava encontrar o princípio hegeliano da “transição da quantidade para a qualidade” tanto na transformação do chefe da guilda medieval em capitalista quanto nas transformações dos compostos. No caso de um exemplo de Bernal – a teoria freudiana da repressão dos desejos – o ciclo dialético, sem dúvida alguma, nada tem de inevitável. O instinto é a tese; a repressão é a antítese; a sublimação é a síntese: até aí, tudo bem. Mas digamos que o paciente não consiga sublimar e enlouqueça, ou se suicide: onde está a conciliação dos opostos na síntese? ( p. 184/185)

A questão do economicismo
Em que sentido era verdade que a economia determinava as relações sociais e que as idéias se derivavam delas? Se as idéias não eram efeitos passivos, então qual a natureza e âmbito de sua atuação? Na verdade, Marx e Engels jamais desenvolveram detalhadamente seu ponto de vista (p. 176). As atividades ideológicas da superestrutura não são consideradas por eles nem simples reflexos da base econômica, nem meras fantasias ornamentais que dela brotam. Esses grupos podem atuar diretamente um sobre o outro, e até mesmo sobre a base sócio-econômica. Exemplo: para Engels as leis referentes à herança evidentemente têm uma base econômica, porque devem corresponder a diversas etapas do desenvolvimento da família; provém seria muito difícil provar que a liberdade de disposições testamentárias existentes na Inglaterra e as restrições legais nesse âmbito vigentes na França podem ser explicadas somente por causas econômicas. Porém esses dois tipos de lei têm efeito sobre o sistema econômico, na medida em que influenciam na distribuição da riqueza (p. 177).

História
Engels no Anti-Dhuring: “Uma vez que ultrapassamos o estágio primitivo do homem, a chamada Idade da Pedra, a repetição das circunstâncias é a exceção e não a regra e, mesmo quando ocorrem tais repetições, elas jamais se dão sob condições exatamente iguais” (p. 179).

  • Quem lê o 18 brumário nunca mais encara a linguagem, as convenções, os conchavos e pretensões dos parlamentos com os mesmos olhos, se antes tinha alguma ilusão a respeito deles. Tais coisas perdem a consistência e a cor, e evaporam diante de nossos olhos. A velha competição por cargos públicos e o velho jogo do debate político parecem tolos e obsoletos; pois agora vemos pela primeira vez, além do jogo de sombras, o conflito de apetites e necessidades que, ainda que os próprios atores o desconheçam em parte, projeta na tela essas magras silhuetas (p. 194).

Curiosidade

Os livros e papéis obedeciam a ele [Marx] como se fossem seus braços e pernas: “são meus escravos”, dizia Marx, “e têm de me servir a meu bel-prazer” (p. 251).

Bakunin versus Marx
A questão central da luta entre os seguidores de Bakunin e os de Marx foi a abolição do direito de herança. Era uma medida que Bakunin exigia com veemência como “uma das condições indispensáveis para a emancipação dos trabalhadores” – talvez por ele estar tentando, sem sucesso, convencer os irmãos a lhe enviarem uma parte dos bens da família. Marx, com sua lógica habitual, argumentava que, como a herança da propriedade privada era apenas uma conseqüência do sistema de propriedade privada, o importante era atacar o sistema em si e não se preocupar com malefícios dele decorrentes (p. 261).

  • A argumentação que Marx faz em defesa do crime no quarto livro do Capital: o crime, diz ele, é produzido pelo criminoso exatamente como “o filósofo produz idéias; o poeta, versos; o professor, manuais”, e sua prática é útil à sociedade porque resolve o problema da população supérflua, ao mesmo tempo em que sua repressão proporciona empregos a muitos cidadãos honrados (p. 277).
  • O que quer dizer exatamente a afirmativa de que o trabalho determina o valor (idéia cujo embrião encontrou em Ricardo e Adam Smith)? Não seria difícil mencionar diversas coisas cujo valor certamente não era determinado pelo trabalho: móveis antigos, quadros renascentistas, o elemento rádio; e, mesmo no caso de artigos manufaturados, estava longe de ser verdade que seu valor no mercado era proporcional à quantidade de trabalho que fora necessária para produzi-los. Para os fabianos ingleses (baseados em Stanley Jevons) elaboraram uma teoria contrária fundamental na demanda: o preço de qualquer mercadoria é determinado pelo seu grau de utilidade para as pessoas que a ela têm acesso, e isto, por sua vez, pode ser considerado o determinante dôo valor do trabalho necessário para produzi-la (p. 282). A verdade é que todas essas teorias são incompletas: os preços reais são produtos de situações muito mais complexas do que qualquer uma dessas fórmulas, e são complicadas por fatores psicológicos que os economistas raramente levam em conta (p. 284).
  • Marx tomou por base que, embora o patrão sempre tivesse se revelado ganancioso, o trabalhador socialista dôo futuro – tendo dado, nas palavras de Engels em Anti-Dhuring, o “salto do reino da necessidade para o reino da liberdade” – passaria a agir sempre em prol do bem da humanidade. A classe dominante da era capitalista jamais fizera por vontade própria outra coisa que não roubar os pobres em benefício do seu próprio bem-estar; mas a classe dominante da ditadura do proletariado jamais pensaria em abusar de seu poder. Em edições posteriores do manifesto, Engels acrescentou uma nota na qual explicava que em 1847 pouco se sabia a respeito do comunismo primitivo. Depois, ele e Marx podiam fundamentar sua fé no futuro em uma espécie de Idade do Ouro de propriedade comunista e relações fraternais que teria existido no passado. Em A origem da família, da propriedade privada e do Estado, Engels tenta demonstrar que a “singela grandeza moral” da “velha sociedade pagã sem classes” fora “minada e destruída pelos meios mais desprezíveis: roubo, violência, astúcia, traição”, e que, em conseqüência, o “novo sistema de classes” fora “instituído pelos impulsos mais mesquinhos: inveja vulgar, volúpia brutal, avareza sórdida, roubo egoísta da riqueza comum” (p. 287). Ora, isso levanta o mesmo tipo de pergunta em relação a esse passado comunista, que o domínio do proletariado coloca em relação ao futuro socialista. De que modo os membros da espécie humana, antes felizes e bons, vieram a se tornar tão infelizes e maus? Serão apenas impulsos “vulgares, brutais e egoístas” que deram origem à sociedade de classes? A questão do futuro é importante. Por que motivo devemos supor que os impulsos brutais e egoístas do homem hão de desaparecer numa ditadura socialista? (p. 288)
Direitos
Marx passaria o resto da vida afirmando que todo ser humano era dotado do direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade (p. 290). Porém não há, em última análise, nenhuma maneira de provar que eles existem, exatamente como não como provar que para Deus todas as almas são inevitavelmente inferiores às classes dominantes (p. 290).

Ontologia reformista
Antes de tornar-se dominante, a burguesia já possuía propriedades e cultura e bastava-lhe defender seu direito a tais coisas; porém o proletariado inglês teria de lutar muito para consegui-las, e, quando um proletário excepcionalmente tinha sucesso, ele adquiria junto com elas uma visão de classe média. Quando, através das negociações sindicais, o proletariado obtinha melhores salários e naus horas de lazer, ele não pensava numa revolução mundial; quando gerava um líder parlamentar de valor, este era comprado ou absorvido pela classe governante. Além disso, Marx não era a pessoa indicada para aceitar, para nem sequer imaginar, a psicologia dos trabalhadores depois que seu padrão de vida tivesse melhorado um pouco (p. 305).

O nome de Trotsky
Lev Davidovitch fugiu em agosto de 1902. Quando chegou na ferrovia siberiana, as amigos lhe entregaram uma mala cheia de roupas e um passaporte falso, que ele preencheu com o primeiro nome que lhe veio à cabeça - o nome do carcereiro-chefe da prisão de Odessa, Trotsky (p. 386).

Fim do Marxismo?
Então nada restará mais nada do marxismo? Não haverá idéias marxistas básicas que ainda possam ser aceitas como verdadeiras? Examinei o marxismo acima, arriscando-me a cair na banalidade, em termos de suas origens históricas, porque me parece que as generalidades cambiantes em que a mente liberal continua viciada ainda precisam ser corrigidas constantemente pelos fatos da história do socialismo. Mas é claro que há uma técnica comum ao marxismo de Marx e Engels, ao de Lenin e Trotsky, uma técnica que ainda podemos utilizar com proveito: a técnica de analisar fenômenos políticos em termos sócio-econômicos. O que havida de verdadeiro nas pretensões de Marx e Engels de fazer o socialismo algo “científico” era o fato de terem eles sido os primeiros a tentar, de modo intensivo, estudar as causas econômicos de modo objetivo. Isto, naturalmente, não quer dizer que devamos tentar encontrar a chave dos eventos de nossa época nas conclusões que estes homens de um outro século tiraram com base nos eventos do seu tempo. O método marxista só leva a resultados válidos quando aplicado de modo novo por homens realistas o bastante para verem com seus próprios olhos – e corajosos o bastante para pensarem com suas próprias cabeças. Porém, feitas todas essas considerações, resta algo mais importante que é comum a todos os grandes marxistas: o desejo de abolir os privilégios de classe baseados no berço e nas diferenças de renda: a vontade de estabelecer uma sociedade em que o desenvolvimento superior de alguns não seja custeado pela exploração – ou seja, pela degradação proposital – de outrem: uma sociedade que seja homogênea e cooperativa, algo bem diverso de nossa sociedade comercial, e que seja dirigida pelas mentes criativas conscientes de seus membros, dando o melhor de si. Porém essa é uma meta pela qual devemos trabalhar à luz de nossa própria imaginação e com a ajuda de nosso próprio bom senso. As fórmulas das diversas seitas marxistas, inclusive a que é comum a todas elas, o dogma da dialética, não são mais merecedoras do status de sagradas escrituras do que as fórmulas de outras crenças. Para realizarmos essa tarefa, precisaremos exercitar ao mesmo tempo – constantemente nos adaptando às diferentes circunstâncias – nossa razão e nosso instinto.

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